segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

domingo, 09 de janeiro 07:45

Dizem que quando uma idéia se expande jamais torna ao seu tamanho inicial, quando um sentimento bom se desgasta abre lugar pra outros sentimentos, não tão bons, nada bons e infelizmente também não volta-se ao sentimento inicial.

Como pode, eu sentia algo bom e nem sabia que sentia, amava e não acreditava passar de curtição, segui por outros caminhos com aquilo que acreditava ser apenas carinho e confiança, por anos, mais à frente nos próximos capítulos voltamos e tentamos fazer acontecer aquilo que devíamos ter feito no início e sabe, durante esses anos que se passaram, abriram-se lacunas e essas foram preenchidas com raiva, com ódio, e com outras “amizades”, hoje tentamos ficar o mais juntos possível, e mesmo de corpos colados é possível sentir uma parede nos dividindo, é impossível voltarmos ao encaixe perfeito de dois sentimentos iguais e simétricos e o que nos separa são as lacunas, que umas vez abertas e preenchidas não deixam de existir, e são, não digo impossíveis mas muito difíceis de se fechar.

Como disse, quando algo toma proporções maiores não volta mais ao tamanho inicial, com um sentimento desgastado funciona da mesma forma, e posso dizer que também não facilito, me descobri uma pessoa possessivamente ciumenta, como jamais acreditei que poderia ser, não cheguei ao ponto de revistar camisetas e cheirar cuecas, inútil seria mas mesmo assim já estou perto disso, sou do tipo que revira as coisas, registros, históricos, e sim, sinto ciúmes retroativos, de tempos anteriores aos meus, e quando acontece alguma crise, brigamos, e com certeza, estou sempre, geralmente errado, mas é tão difícil, até quando sonho com algo que não me agrada e o envolva, sinto vontade de brigar.

Na verdade nunca fui de me importar demais com alguém, nunca fui de confiar demais, de me colocar nas mãos de alguém, apesar de não demonstrar, nunca esperava nada das pessoas com quem me envolvia, e com isso, com o término não me deprimia, afinal quando não se tem expectativa não se tem decepção, mas dessa vez é diferente, dessa vez é de verdade, eu tenho sido eu, de verdade, sem personagens ou/e sem engolir “sapos”, só eu da pior maneira possível e da melhor maneira possível e não sei se agrado.

Sinto vontade de “pegar a trouxa e sumir”, as vezes sabe, sei que fui eu quem errou a maior parte do tempo, sei que fui eu quem optou por querer conhecer outras pessoas, antes, sei que fui eu quem causou maior decepção, sem que quem mais errou fui eu, e agora quem mais desconfia sou eu ainda, sabe é difícil acreditar demais nas pessoas, é realmente difícil acreditar que depois de tudo que aconteceu, ele fique só comigo e não sinta vontade de cobrar todo o mal que eu fiz, não creio que me traia, não quero acreditar, mas só de imaginar fico mal, se acontecesse eu nem teria como cobrar isso, nem exigir satisfações, eu também já pequei, e no momento sou eu quem se encontra em débito, não digo que aceitaria, jamais, mas digo que não o culparia e sim a mim, e não saberia o que fazer, sabendo que não existe ninguém como tal, não existe ninguém por quem eu sinta algo igual, nem parecido.


Mais uma vez faria as malas, vestiria a capa, a mascara e sairia, como se nada tivesse acontecido, por mais que por dentro chore, por fora pareço a mesma pessoa, até hoje foi assim e pro meu próprio bem espero que continue, por dentro ruínas mas por fora a mesma estrutura.

“talvez eu passe um tempo longe da cidade, quem sabe eu volte cedo ou não volte mais.”

(Confesso – Ana Carolina)

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