segunda-feira, 21 de maio de 2012
você e o medo.
terça-feira, 10 de abril de 2012
“Então você está confusa com seus sentimentos. Ele apareceu tão de repente na sua vida, com aquele brilho manso no olhar, com aquela meiguice na voz, sem pedir coisa alguma, meio como um Pequeno Príncipe caído de um asteróide. A princípio você nada percebeu de diferente. O susto veio quando você se lembrou das palavras da raposa, explicando ao Pequeno Príncipe o que era ficar cativo: É assim. A princípio você senta lá e eu aqui. Depois a gente vai ficando cada vez mais perto. Os passos de todos os homens me fazem entrar dentro da minha toca. Mas os seus passos me fazem sair…”
- Antoine de Saint-Exupéry.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
“- O que quer dizer cativar? - disse o principezinho
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa criar laços…
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo…
Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo…
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera -disse o príncipe- mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou -disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me! Os homens esqueceram a verdade, mas tu não a deves esquecer:
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
- O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry.
segunda-feira, 26 de março de 2012

E eu sem destino certo vou pegando carona em todas e quaisquer direções, aprendendo um pouco de tudo, deixando pras trás o que me pesa e me atrasa, tomando gás e impulsionando o próximo passo, agora até quando e por que eu não sei.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
compor!

Hoje queria e só queria uma música, mas não uma música qualquer, queria uma música que não tivesse sido feita pra ouvir com o aparelho auditivo, queria uma música que me levasse pra longe de tudo que me deprime, pra longe de todas as preocupações, das angustias, das duvidas, das magoas, queria uma música pra ser ouvida e sentida com o coração, vislumbrada com os olhos e que embalasse o corpo, queria algo que me levasse pra uma viagem cheia de planos e sonhos, de conquistas, por que só lutar não faz tanto sentido se não alcançamos algumas pequenas vitórias no caminho.
Queria algo que me fizesse entender o por que das pessoas dizerem algo diferente do que sentem, o por que das coisas não se ajeitarem mesmo quando a gente faz por merecer, queria algo que mostrasse o real sentido de tudo, queria algo que mostrasse que vale a pena ainda lutar, que desistir não pode ser cogitado como hipótese, queria ouvir algo que me tornasse mais completo, melhor, menos humano, mais capaz, mais merecedor, queria algo que me mostrasse como me aproximar de algo que eu sei que é impossível, queria me tornar mais perfeito e menos falho, queria ao menos algo que me dissesse como não falhar com ninguém.
Que nada, eu sei que essa música não existe, na real acredito que ela há de ser tocada um dia, mas também creio que as trombetas dos anjos só toquem pra alguém quando já não há mais tempo, ainda tento acreditar e sigo compondo com meus próprios versos o que eu acredito ser a minha música, algo só meu mas que quem se aproxima tem a oportunidade de ouvir, não abaixo o volume quando alguém se aproxima, mas guardo os melhores acordes para aqueles que se mostram merecedores dos mesmo, não é que esteja me poupando, mas sim guardando o melhor pra quem me dá o melhor de si, cada pessoa é uma palavra nova, uma frase a mais.
Sigo escrevendo, errando e refazendo, mas sigo, dando sempre o ultimo gás, até o limite possível e imaginável, dando o meu melhor.